O selfie tem feito vítimas pela imprudência das pessoas em busca da foto perfeita.
Selfie significa fazer uma foto de si mesmo e postar nas redes sociais. A expressão virou fenômeno mundial no ano passado e foi registrada até no Dicionário Oxford, o mais extenso da língua inglesa. O desejo de se expor é tão grande que milhões de pessoas fazem quase todo tipo de malabarismo e de caras e bocas em busca de um autorretrato perfeito.
Famosos ou anônimos, os adeptos do selfie esticam o braço, encolhem a barriga, fazem bico, arregalam os olhos, capricham na maquiagem e até correm risco de vida. Em diversas partes do mundo, existem notícias de mortes e acidentes causados pela obsessão em capturar o melhor ângulo para uma foto.
Em maio, duas mulheres iranianas sofreram um acidente de carro enquanto faziam um vídeo de si mesmas. Elas cantavam uma música olhando para o celular e a motorista se distraiu. O vídeo do acidente foi compartilhado nas redes sociais e virou notícia em sites como o do jornal The Telegraph. Já em abril, a americana Courtney Sanford, de 32 anos, bateu o carro e morreu após postar um selfie no Facebook. A polícia local associou o acidente ao uso do celular.
A preocupação exagerada em captar a melhor foto está transformando os autorretratos em um grande problema. Muitas pessoas que fazem selfie parecem valorizar mais uma imagem perfeita do que o momento que estão vivendo. Prova disso é que, em diferentes eventos sociais, é comum ver muitas delas dedicarem vários minutos para fazer cliques com seu próprio celular. Além disso, a obsessão pelo selfie parece que as faz perder a noção do perigo que estão correndo ao se posicionar em locais de risco apenas para captar uma imagem. E, para quem deseja ser livre da mania de tirar foto de si mesmo, aqui vai um incentivo: os melhores momentos da vida são mais bem guardados na memória.
Rê Campbell
redação@universal.org.br
Rê Campbell
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